17 de jan. de 2012

Cristãos Comprometidos


Trecho do livro Se eu me calar as pedras falarão

"É impressionante como as abelhas pequeninas trabalham sem descanso! Têm asas fininhas e são de cores mais escuras, como se fossem queimadas. s abelhas pequenas são os bons cristãos sem pretensões, que só se ocupam de boas e úteis obras, de forma que o diabo não os encontra de mãos vazias ou desocupadas.
Têm asas fininhas, isto é, desprezam as vaidades e os prazeres do mundo e se inflamam de amor pelo reino celestial. Com essas asas sobem alto, voando livres no ar puro, com o coração fixo na glória de Deus.
As abelhas de bela aparência são, ao contrário, todos os cristãos inautênticos e tolos que não sabem fazer outra coisa senão agitar aos quatro ventos as credencias de sua falsa honestidade e bondade, enquanto, na realidade são somente sepulcros, de aparência bela e solene, porém cheios de podridão e ossos ressequidos.
As tentações do maligno atacam, especialmente, aquelas pessoas honestas e virtuosas que, quando percebem que não agiram corretamente, logo reconhecem suas culpas e se apressam a confesâ-las e a fazer uma justa reparação. É aí, então, que, na consciência dessas pessoas retas, o maligno procura penetrar e instalar-se com o fim de transtornar sua sensibilidade moral. O bom cristão, porém, sabe opor-se com todas as forças a esses intentos e nunca permite que tal projeto se realize.
Os bons cristãos deveriam seguir o exemplo das abelhas. Diz-se que as abelhas se colocam com todo cuidado nos buracos da entrada da colméia e, na eventualidade de que algum bichinho consiga entrar, elas não o deixam em paz e o perseguem por todos os lados até expulsá-lo.
Como as colméias, assim são nossos corpos: possuem cinco entradas que são os cinco sentidos. Entre estes, têm especial importância os olhos com os quais temos de vigiar, atentamente, para que não penetre em nós algo estranho e turvo. Se alguma sugestão diabólica ou algum instinto perverso perturbar nosso espírito, não devemos, de jeito nenhum e por nenhum monento, permitir que pemaneça por muito tempo em nós. Sua demora transforma-se em perigo, afirmam os moralistas: 'Um pensamento mau, conservado com complacência, já constitui uma falta mortal'. Portanto, logo que a consciência adverte qu o pensamento está indo para o ilícito e não o afasta, está permitindo que se forme o assim chamado pensamento mal cultivado.
Como as abelhas, assim o bom cristão deve movimentar-se prontamente e, com o ferão de sua boa consciência e da oração, tem de perseguir, sem se cansar, os intrusos até expulsá-los para fora da colméia de seu coração."

O pecado não pode ter espaço em nosso coração, como um intruso não tem espaço na colméia. A colméia foi feita pelas abelhas e para elas, e aí produzem o que são chamadas a produzir: o mel. Da mesma forma, o nosso coração foi feito por Deus e para Deus, portanto, precisamos produzir o que somos chamados a produzir: a santidade. E, na busca da santidade, não pode haver espaço para o pecado, assim como, na produção do melhor mel não pode haver nenhum intruso. Na verdade, o intruso só atrapalha, não traz benefício algum. Precisamos estar convictos de que o pecado não foi convidado e,muito menos, bem vindo em nossas vidas, portanto não podemos conviver passivamente como se ele nos agradasse. Precisamos, a exemplo das abelhas, colocá-lo para fora da colméia do nosso coração.

MCS - GO SDS - 01/2012

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