16 de nov. de 2012

Amor exige responsabilidade

Banalizaram o amor! Aliás, o que hoje em dia, não foi banalizado?
Não olhamos mais algumas palavras com a devida profundidade, que elas por si mesmas, nos dizem. A troco de nada, frequentemente, ouvimos de qualquer um, a exclamação: “te amo”! Esboçamos um sorriso amarelado, e fica por isso mesmo. Meu Deus! Não nos causa nenhum impacto! Não muda o nosso dia! Nem dormimos pensando naquela pronuncia! Por que será? Você tem a resposta?
Vamos analisar juntos esta situação, ajude-me.
Deixamo-nos acostumar com a superficialidade dos tempos modernos. Outrora até chegar na palavra amor era necessário passar por várias etapas. Hoje, perdeu-se todo o mistério que a palavra amor possui; até mesmo para iniciar um namoro, não existe mais as etapas de conhecimento, todo aquele mistério a ser desvelado pelo casal. Aos poucos, desvenda-se o clima gostoso de conquista, até chegar ao cume, o namoro. O primeiro beijo nascia depois que ambos conheciam-se bem. Deixamos a velocidade da tecnologia invadir nossos relacionamentos, os banalizando. Mas não pense que a palavra amor perdeu seu sentido profundo, o problema está em nossos sentidos, que amorteceram-se à beleza e não captam mais a riqueza da expressão.
Você pode dizer-me: “ah, apenas substituíram o verbo amar, pelo gostar no sentido do primeiro verbo!” E eu te pergunto: e o sentido do verbo amar onde ficou?
Quando eu quero perceber o sentido completo de alguma palavra, sua profundidade, procuro associá-la a alguma coisa concreto, ou seja, a uma situação que a defina bem. Por exemplo, quando penso na palavra amor, na minha mente visualizo a Cruz de Cristo, expressão maior do amor de Deus pela humanidade. Isto me faz refletir e pensar duas vezes antes de dizer que amo alguém.
“O amor exige responsabilidade, requer doar-se ao outro, semelhante a Jesus que o fez na Cruz”
Preciso mortificar algumas atitudes, ou vontades para alcançar meu irmão através do amor. Seria inútil dizer que amo uma pessoa, e em sua primeira fraqueza julgá-la, virar o rosto para ela, e nem mais a dirigir a palavra. Eu questiono, isso é amor? Deixo você responder…
Um gesto concreto que podemos fazer é emprestar nossa língua para Deus amar as pessoas, assim veremos a força que tem as palavras: em minha adolescência, uma colega que eu não tinha muita intimidade, através de um elogio marcou minha vida. Lembro-me que eu tinha esses complexos de adolescente, em relação a minha imagem: vergonha do rosto, acne, orelha, nariz, dentes. Complexos que se não forem bem trabalhados acarretam problemas para toda a vida.
Em uma situação qualquer, sem jeito e, com muita timidez eu sorri. Ouvi dos lábios daquela garota que meu sorriso era lindo (Que sorriso lindo você tem!). Meu rosto se iluminou, essas palavras marcaram-me; desde então meu sorriso passou a ser largo, livre e sem complexos! Ela nem sabe disto. Posso garantir que Deus me amou em suas palavras. Ela emprestou a boca para Deus.
As palavras verdadeiras tem poder de transformar, como foi no meu caso, ou de destruir, por isso, convido você a compreender a força existente na palavras. Nosso olhar precisa ser minucioso em relação às palavras. Quiça interiorizá-las e refleti-las fosse um bom caminho. Desejo que seu “eu te amo” seja carregado de toda propriedade, que a própria palavra possui. Sempre elogie, você pode mudar o sentido de uma existência; se responsabilize por quem você diz que ama.
Graça e Paz, xP.

MCS - GO SDS - 11/2012

12 de nov. de 2012

O pedido de perdão de João Paulo II – tudo o que a mídia não contou pra você

Fonte: O catequista

E aí meu povo,
Esta é a resposta a um comentário que surgiu recentemente no post “Sobre Bruxas Queimados e Neurônios Tostados“, no qual demonstramos que a Igreja jamais promoveu qualquer “caça às bruxas”.

Eis o comentário do leitor que nos acusa de falta de lógica:
intelectual_oculos“Discutir questões relacionadas a religião é uma pratica inútil, porém negar fatos históricos em que até mesmo o papa pediu desculpas é um pouco ilógico.”
Zé Sabichão (leitor real, nome fictício)
É um intelectual nato! Para comprovar o quanto é sábio, ele coloca o que ao final do comentário? O link de uma matéria da Folha. Eu mereço. Será que o palpiteiro, incapaz de citar uma fonte confiável, acha que eu não conhecia essa matéria tosca?  O cúmulo para ele em termos de sapiência e opinião mais confiável são os repórteres da Folha?  Faça-me um favor.
Pois bem, Zé. Eu conhecia esta matéria da Folha, e, para sua infelicidade, conheço muito mais: estudo inquisição há 20 anos. Hoje, posso tirar minhas próprias conclusões, todas científicas, baseadas na realidade invencível do que aparece na minha frente.
Observem o texto da Folha de São Paulo, publicado em 13/06/2004:
João Paulo 2º pede desculpas pela Inquisição
Conversas sobre julgamentos, bruxas queimadas e livros proibidos ecoaram no Vaticano nesta terça-feira, enquanto o papa João Paulo 2º pedia perdão pela Inquisição, quando a Igreja Católica torturou e matou pessoas consideradas heréticas.
O papa fez seu apelo em uma carta lida durante uma entrevista coletiva convocada para o lançamento de um livro sobre a Inquisição.
Ele repetiu uma frase de um documento de 2000, no qual pela primeira vez o papa pediu perdão pelos “erros cometidos a serviço da verdade por meio do uso de métodos que não têm relação com a palavra do Senhor”.
(…)O livro de 800 páginas lançado nesta terça-feira baseia-se nos discursos feitos no simpósio acadêmico patrocinado pelo Vaticano seis anos atrás.
Aparentemente nada de errado, certo? Não! COMPLETAMENTE ERRADO!!! Texto mal escrito, mal-intencionado e tendencioso. Em primeiro lugar, observem o título. Não é correto dizer que o Papa pediu desculpas pela Inquisição: ele somente pediu perdão pelos erros cometidos neste tribunal. Sim, é uma diferença de texto sutil, mas que altera muito o sentido da coisa! Em nenhum momento o beato condenou a Inquisição como um todo, e nem poderia: como veremos a seguir, ela teve muito mais acertos do que erros.

fonte_primariaHouve realmente pedido de desculpas do Papa? Evidente, cáspide! Cometeram-se barbaridades em nome da fé, mas ninguém – repito, absolutamente ninguém entre esses fulanos da imprensa – fez questão de investigar a verdade total dos fatos (como deveria ser o papel do jornalista sério).  A verdade é que, por meio da Santa Inquisição, a Igreja salvou muitas pessoas de uma morte horrível. Esta conclusão é resultado dos esforços de acadêmicos como o Professor Madden, o Professor Woods Jr., o Professor Konik, entre outros, que são historiadores honestos e extremamente gabaritados. Eles fundamentam seus estudos em FONTES PRIMÁRIAS, as únicas que podem basear pesquisas e conclusões precisas.

Veja bem, já vi despautérios em livros, dizendo que morreram 20 milhões de pessoas na Inquisição, cujas fogueiras, ao lado da peste, quase dizimaram a população da Europa… Esses escritores palpiteiros geralmente se baseiam em publicações de cretinos como Gibbons e Michelet, os mais modernosos em Peter Burke e Hobsbawn (embora esses dois não sejam medievalistas). Estes autores são absolutamente tendenciosos e não se baseiam em fontes primárias, como manda o bom manual do historiador (como ensinou Ranke).
O que o Papa realmente falou?
Esse texto da Folha foi descaradamente editado, veja aqui o que o papa falou (grifos nossos):
“Ante a opinião pública, a imagem da Inquisição representa de alguma forma o símbolo deste antitestemunho e escândalo. Em que medida esta imagem é fiel à realidade? Antes de pedir perdão é necessário conhecer exatamente os fatos e reconhecer as carências ante as exigências nos casos em que seja assim. Este é o motivo pelo qual o Comitê pediu a consulta de historiadores, cuja competência científica é universalmente reconhecida.”
Papa João Paulo II (Fonte: Zenit)
Pra ficar bem claro: João Paulo II não só pediu perdão, como também alertou que a imagem que as pessoas em geral têm sobre a inquisição pode estar errada.  Também convidou a todos a buscar a verdade dos fatos. E, para isso, ele abriu os arquivos do Vaticano a um comitê de 30 historiadores internacionalmente reconhecidos, que acabaram por derrubar muitos mitos e calúnias.
Por que esse trecho da mensagem do Papa não faz parte do título da matéria? Por que o trecho, pelo menos, não faz parte do corpo do texto? Resposta: não interessa. A Folha, pelo visto, não tem o menor interesse em abalar as certezas absolutas e imutáveis de seus leitores típicos; ela se limita a reforçar ideias preconcebidas.
pedido_desculpas_inquisicao_joao_paulo_ii
Matéria da Folha omite dados importantes
Agora vem a parte mais interessante. A matéria da Folha continua:
Mas a entrevista coletiva foi além disso.
Um mapa mostrou que a Alemanha registrou o maior número de “bruxos” e “bruxas” mortos por tribunais civis no começo do século 15.
Cerca de 25 mil pessoas da população de 16 milhões foram mortas.
Mas, em termos proporcionais, o recorde pertence a Liechtenstein, onde 300 pessoas, ou 10% dos 3.000 habitantes da região, foram mortas por bruxaria.
O professor Agostino Borromeo, editor do livro, disse que menos pessoas foram realmente mortas pela Inquisição do que geralmente se acredita.
Ele afirmou que apenas cerca de 1,8% das pessoas investigadas pela Inquisição espanhola foram mortas. Manequins foram queimados para representar os julgados à revelia e condenados à morte.
Certa do cansaço e da preguiça mental de seus leitores, a Folha coloca a informação crucial perdida no corpo do texto. A inquisição só levou à fogueira 1,8% dos indiciados (enquanto que a média de condenações dos tribunais não-religiosos da época era de 50%, vejam que diferença). A Folha em nenhum momento informa que esta conclusão é baseada em análise de fontes primárias, e não a mera opinião de um polemista maluco qualquer. É o resultado do trabalho científico de um historiador tarimbado, o Conde Borromeo.

AGORA VEM A PEGADINHA: reparem que a matéria está o tempo todo falando dos tribunais eclesiásticos, e de repente começa a falar dos milhares de “bruxos” e “bruxas” mortos dos pelos TRIBUNAIS CIVIS. É óbvio que muita gente vai confundir uma coisa com a outra! O leitor desatento – que, vamos combinar, corresponde a 90% dos casos – vai colocar estas mortes na conta da Igreja. Ele não perceberá que estes números NADA TÊM A VER COM A INQUISIÇÃO (e muitas vezes não têm relação nem mesmo com os civis católicos, já que grande parte desses tribunais eram protestantes).

antolho_midiaE a coisa fede cada vez mais. O texto da Folha dedica diversas linhas para descrever os números dos tribunais civis, mas, curiosamente, omite os números de condenados por bruxaria pelos tribunais da Inquisição. Estranho, não? Será porque estes números são baixos demais, e não satisfazem a cota de sangue e crueldade desejados pelos jornalistas “imparciais” da Folha?
É, no mínimo, tendencioso ignorar esses dados importantíssimos, trazidos à tona naquela ocasião pelo professor Borromeo:
  • dos 125.000 processos de sua história, a Inquisição Espanhola condenou à morte 59 “bruxas”;
  • na Itália, foram 36 pessoas condenadas por bruxaria;
  • em Portugal, foram 4 condenações por bruxaria.
Como vemos, tem jornal que, para os humanos, cumpre a mesma função que os antolhos nos cavalos: tapam a visão dos diversos ângulos e só permitem que o sujeito olhe para uma única direção.
E a matéria da Folha continua…
O cardeal Georges Cottier foi questionado por que o Vaticano não condenou papas anteriores que permitiram a Inquisição.
“Quando pedimos perdão, não condenamos. Estamos todos condicionados pela mentalidade de nosso tempo. Daqui a 50 anos, podemos ser acusados de não ver certas coisas”, disse.
Por que João Paulo II tinha que condenar, admoestar ou passar um pito na memória de Gregório IX? Não havia por que. O que esses caras querem? Simples, querem que a Igreja assuma culpas até de coisas que ela não fez, assuma que esta errada em defender sua ortodoxia, assuma, inclusive, que ela foi muito malvada em botar um freio no autoritarismo dos barões, que, antes da criação do Tribunal da Inquisição, acusavam de heresia e matavam a quem bem entendiam.
Enfim, os detratores da Igreja buscam deturpar e se aproveitar desse ato de lealdade e coragem – o pedido de perdão pelos erros de seus membros – para confirmar os seus preconceitos. Porém, como vimos, qualquer pessoa de mente aberta e com mais de dois neurônios em atividade pode reconhecer essas mentiras e chegar aos fatos.
*****
Não somos ingênuos a ponto de imaginar que convenceremos o leitor Zé Sabichão a pensar de modo diverso. Mas consideramos que a resposta ao seu comentário poderia ser útil aos nossos amigos católicos, para que se previnam e saibam se defender deste tipo de ataque. Quanto ao comentário do Zé, este foi devidamente rejeitado e encaminhado para a lixeira.
olavo_de_carvalho“Na esmagadora maioria dos seres humanos, o abismo entre o percebido e o pensado continua imenso e praticamente intransponível. No caminho que vai dos sentidos ao raciocínio, eles se perdem na trama da imaginação. Vêem a realidade com os olhos da cara, mas não conseguem pensá-la. Pensam outra coisa, sugerida pela imaginação ou repetida pelo automatismo da memória. Mas não sabem que estão fazendo isso.”
Professor Olavo de Carvalho
É nesse abismo intelectual que vivem hoje muitas pessoas em nosso país. Os jornalistas e editores que seguem a cartilha do iluminismo e do marxismo sabem muito bem que a superficialidade e a incapacidade de concentração das pessoas que ficam tempo demais na internet não permite que elas prestem a devida atenção nos detalhes.
wagner_moura_capitao_nascimento_tropaMas nem todos estão distraídos. Nem todos aceitam engolir a papinha venenosa de informações fáceis da mídia. Amigos, busquemos sempre alimento sólido (espiritual e intelectual), oremos e vigiemos, até que o Senhor venha de novo em Sua Glória.
Obrigado a todos pela atenção e fiquem com Deus.
*****
Fontes (como deve ser):
Woods Jr., Thomas. A Igreja Católica: Construtora da Civilização Ocidental. Ed. Quadrante.
Vauchez, André. A Espiritualidade na Idade Média Ocidental –  Sec. VII ao XIII. Jorge Zahar Editor.
Site da Agência de Notícias Zenit. Carta de João Paulo II sobre a Inquisição. 16/06/2004
Blog Cultura Sem Censura. Inquisição, como se mente a respeito
Site do Vaticano. Memória e Reconciliação – A Igreja e as culpas do passado
 
MCS - GO SDS - 11/212

8 de nov. de 2012

Catolicismo “Iluminado”

Há tantos neo-agnósticos universitários quanto católicos “iluminados”. O ponto comum destes dois fenômenos é um só: a crise de fé. Não da fé pessoal, mas da fé apostólica. O Credo Apostólico é o remédio contra a doença que toma parte de nossos contemporâneos.
Fonte: Humanitatis
Assim como o neo-agnóstico, que na maioria dos casos é um crente cagão, um outro fenômeno tem acontecido em torno das igrejas, com pessoas com as quais lidamos e amamos. Dessa vez, porém, o fenômeno parece predominar entre os católicos, muito embora nada obsta que ocorra também em outros credos. Trata-se do fenômeno que ocorre a certo grupo de católicos, que tem “a experiência derradeira”, encontram “a verdade da religião”. Por isso, denominam-se católicos “iluminados” ou “esclarecidos”.

Para o cristão “iluminado”, as Cruzadas são um absurdo. Afinal, o que vai se pregar senão mais um perspectiva em meio a outras? Nada mais falso.
Os cristãos “esclarecidos” geralmente são pessoas que foram educadas (desde o berço ou já na adolescência e idade adulta) no cristianismo, mas especialmente no catolicismo, aprenderam algo da doutrina católica sobre metafísica, antropologia, cosmologia, além de – obviamente – eclesiologia, soteriologia, cristologia e todos esses tratados importantes da filosofia e da teologia. Mas então, como que por um milagre – se eles ainda acreditassem nesse conceito “medieval” -, algo novo aconteceu. Eles “descobriram” que toda religião é “do Espírito”. Assim, com “E” maiúsculo mesmo. O católico iluminado percebe que toda a organização cristã é empulhação, é um jeito de um grupo (o clero) dominar o resto do povo (os leigos). Então, esse indivíduo mui refinado, que estudou filosofia, teologia e línguas graças à Igreja, tem visão esclarecedora: seguir Cristo, mas sem a Igreja; cristianismo, sim, mas em “Espírito”. Ele nem desconfia que o pressuposto de seu original entendimento (clero versus leigo) é já premissa cripto marxista, premissa essa que necessita ser demonstrada e não aceita sem explicação, pois a mera aceitação cega desta distinção denuncia justamente que o “iluminismo” desses católicos dura muito pouco.

O Católico “Iluminado” olha de cima para o povo nas paróquias, olha de cima para a piedade dos mais velhos, olha de cima para a fé do homem simples. No seu coração ele diz: “se soubessem o que eu sei, não seguiriam esse pilantra aí na frente”. Será que o católico iluminado acha mesmo que não sabemos que todo sacerdote tem pés de barro? Será que “o esclarecido” acredita tanto na sua autoproclamada sabedoria que pensa que não sabemos dos males que afligem a Igreja? O que ele terá visto em Roma, no Vaticano, na Terra Santa ou em qualquer outro lugar que não se possa encontrar, em menor escala, em qualquer paróquia do interior do país? A única informação realmente relevante, que justificaria seu olhar desdenhoso para com a fé do povo simples, era visitar o Santo Sepulcro e não encontrar o túmulo vazio. Afora esse dado simplesmente inovador, todo saber e conhecimento alcançados pelo “esclarecido” católico sem fé são apenas conteúdos sem forma, são testemunho da cisão entre razão e fé.

Há tantos neo-agnósticos universitários quanto católicos “iluminados”. O ponto comum destes dois fenômenos é um só: a crise de fé. Não da fé pessoal, mas da fé apostólica. O Credo Apostólico é o remédio contra a doença que toma parte de nossos contemporâneos. O dogmatismo dos “iluminados” e o ceticismo dos neo-agnósticos têm no Absoluto um limite e um porto seguro para a reflexão humana.

MCS - GO SDS - 11/2012

1 de nov. de 2012

Furacão Sandy

A passagem do furacão Sandy em Nova York, nas palavras da agência de notícias BBC, deixou um cenário "pós-apocalíptico" naquela cidade (veja aqui). O ciclone varreu extensas áreas, e aquelas cenas de destruição já tão conhecidas dos filmes materializaram-se diante dos olhos dos novaiorquinos. Mas, em meio à toda essa catástrofe, um sinal trouxe esperança para muitos...



Nova York (quarta-feira, 31-10-2012) - A passagem do furacão Sandy, que chegou aos Estados Unidos na noite de segunda-feira, 29 de outubro, com ventos de 130km/h, provocou caos e destruição por onde passou.

Segundo o governo federal dos EUA, mais de 8,2 milhões de casas residenciais e lojas de comércio, em 18 estados, ficaram sem eletricidade na Costa Leste do país. O nível do mar chegou a 4 metros em Manhattan, inundando o distrito financeiro e os túneis do metrô, e as atividades foram interrompidas na região sul da cidade.Ocorreram mais de 20 incêndios de grandes proporções, e na área de Breezy Point, pelo menos 50 casas foram destruídas pelas chamas. Até agora, Sandy deixou no mínimo 10 mortos somente em Nova York, e mais de 30 em toda a Costa Leste.

O sistema de transporte público está fechado desde domingo. De acordo com o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, mais de 6,1 mil pessoas encontram-se refugiadas em 76 abrigos. Por causa da passagem de Sandy, o presidente dos EUA, Barack Obama, declarou zona de desastre nas regiões de Nova York e Nova Jersey, medida permite aos governos e comunidades locais solicitarem com urgência recursos do governo federal. A Bolsa de Nova York permaneceu fechada na terça-feira: foi a primeira vez em que o fechamento aconteceu por dois dias consecutivos desde 1888, quando uma nevasca atingiu a cidade.

Os dois maiores aeroportos de Nova York estão fechados desde domingo, e mais de 12 mil voos foram cancelados . Mais de 200 pacientes – incluindo 30 recém-nascidos que estavam na UTI – tiveram de ser transferidos do Hospital da Universidade de Tisch em Nova York após a energia cair e o gerador falhar. Os pacientes, muitos usando respiradores que funcionavam a bateria, foram levados a outros hospitais.

A usina nuclear mais antiga dos EUA, Oyster Creek, em Nova Jersey, entrou em estado de alerta. O prefeito Bloomberg afirmou que levará dias para que a vida na cidade seja normalizada. De acordo com ele, o sistema de metrô, atingido por danos sem precedentes, continuará fechado e as escolas não abrirão por enquanto. “Essa tempestade foi devastadora, talvez uma das piores que já vivemos”, afirmou.

Tudo, ou quase tudo foi registrado pelas atentas câmeras de órgãos de imprensa ou de particulares. Sem meios para comunicar-se, os donos de telefones celulares fizeram dos seus aparelhos as principais testemunhas dos fatos. Imagens da destruição causada não faltaram. Diante do terrível quadro desenhado pela catástrofe, um fato chamou a atenção não só dos bombeiros e habitantes da região, mas de todo o mundo depois que foi divulgado.

Uma imagem de Nossa Senhora das Graças, de tamanho natural, foi a única a ficar intacta numa ampla região onde todas as casas e estruturas foram completamente destruídas depois de a tormenta passar: somente a imagem da Santíssima Virgem Maria permaneceu incólume em meio à destruição, em toda aquela área.

Na época de profundo ceticismo em que vivemos, certamente não vai faltar gente querendo explicar o fato como simples coincidência. Mas, independente do que digam, a realidade concreta é que a somente a imagem de Nossa Senhora permaneceu de pé, enquanto tudo em volta dela foi atingido e devastado.

As lições do furacão ou ciclone "Sandy" serão muitas. Haverá uma lição a ser aprendida do fato de uma bela e frágil imagem da Mãe de Deus permanecendo de pé, intacta, enquanto tudo à sua volta foi destruído?

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