30 de abr. de 2012

Indulgência plenária para os membros da RCC

Audiência de 26 de maio com Bento XVI celebrará os 40 anos do movimento



Uma mensagem de Bento XVI abriu o 35º Encontro Nacional da Renovação Carismática na Itália, que celebra os 40 anos da fundação no país. A mensagem, assinada pelo Secretário de Estado Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, foi entregue ao presidente nacional italiano da Renovação Carismática, Salvatore Martinez.

O Santo Padre enviou suas "cordiais saudações" a todos os "numerosos presentes", assegurando a sua "proximidade espiritual". Bento XVI expressou a esperança de que "em cada um ressoe a voz forte e clara do Espírito Santo, que clama 'Jesus é Senhor', para oferecer nas suas comunidades diocesanas e paroquiais, nos ambientes em que vivem, o serviço de uma presença generosa, de um corajoso testemunho e de uma contribuição valiosa para a Nova Evangelização". Invocando a "celeste intercessão de Maria", o papa deu a bênção apostólica ao presidente do movimento na Itália, aos outros responsáveis ​​e a todos os participantes.

Para todos os fiéis que participarem "devotamente" na convocação nacional jubilar, no quadragésimo aniversário de fundação da Renovação Carismática, Bento XVI concedeu a indulgência plenária, com as condições de receberem os sacramentos da confissão e da comunhão e de fazerem a oração pelo Sumo Pontífice.
Para os "legitimamente impossibilitados" é dada a indulgência parcial, se "com espírito contrito eles se unirem ao evento mediante fervorosas orações".

Também pelo 40º aniversário da fundação na Itália, Bento XVI receberá em audiência os membros da Renovação Carismática no dia 26 de maio na Praça de São Pedro. Antes da chegada do Santo Padre, o presidente da Conferência Episcopal Italiana, cardeal Angelo Bagnasco, presidirá a celebração eucarística.

MCS - GO SDS - 04/2012

24 de abr. de 2012

Medo X Você: Quem vai vencer?

Enfrente seus medos e descubra como sair vencedor

Dizem que, na Bíblia, a expressão "não tenhais medo" está escrita 365 (trezentas e sessenta e cinco) vezes. Isso significa que, para cada dia no ano, temos de nos lembrar de que podemos vencer esse inimigo.

Mesmo que esta conta não seja exata, o certo é que neste duelo: "Medo X Você", Deus quer fazer de você um vencedor. O Senhor não vai lutar por você, mas, com certeza, lutará com você, e não sei se percebeu, mas você já está na arena da vida, a luta já vai começar. Resta saber quem vai vencer: você ou o seu medo.

Existem muitos tipos de medos: medo do passado, do presente, do futuro; medo de pessoas de dentro de casa, medo de pessoas de fora; medo de solidão, de multidão; medo de morrer, de viver; medo de homem, outros de mulher. Existem pessoas que têm medo de quem está vivo, outras de quem está morto…

Alguns com medo da traição, outros da paixão; outros com medo do perdão (dar ou receber); alguns com medo de falar, outros com medo de calar; alguns com medo do conhecido, outros do desconhecido. Enfim, são muitos tipos de temor e escrever uma lista de todos seria talvez algo quase impossível. Certa vez ouvi padre Rufus dizer que o demônio é o “deus do medo” e que esse sentimento é como um louvor aos infernos, quanto mais uma pessoa o alimenta, tanto mais força tem o demônio de fazer mal a ela. Medo e fé são como água e óleo, não se misturam, ou uma pessoa tem fé ou medo; estes não podem existir ao mesmo tempo dentro da mesma pessoa, se o medo vencer, acabará asfixiando a fé.

Ele, na maioria das vezes, surge da nossa imaginação (como Santa Teresa dizia: “A imaginação é a louca da casa”); por isso muitas vezes o medo é como um manipulador, um “cara bom de papo” ou até um ilusionista, que o faz ver o que não existe, acreditar no que não é verdade e assustar-se com fantasmas que já foram sepultados, mas que ele insiste em dizer que estão vivos.

Na grande arena da vida, os ponteiros da decisão apontam a hora de enfrentar os seus medos, não de mãos vazias, mas com “as armas da fé” (cf Rm13,12). Não se esqueça também de que todo lutador tem sempre um técnico que lhe diz o que fazer, o seu é Jesus, que lhe diz: “não tenhas medo” (Lc 8,50)!

Quem não tiver coragem de enfrentar os seus medos nunca descobrirá que é maior do que eles, não importa o nome que tenham; você não pode mais lutar de costas, essa é a posição do pânico, dos covardes, dos derrotados. Na luta entre o Medo X Você, o cinturão da vitória é seu.

MCS - GO SDS - 04/2012

21 de abr. de 2012

CNBB lançará a ação "Maria modelo de mãe"

Em maio as Edições CNBB lançará a ação “Maria modelo de mãe” em comemoração ao mês mariano. Será realizada através da página oficial do facebook da Editora (www.facebook.com/cnbbedicoes). Esta ação oferecerá uma premiação para as quatro frases de usuários mais curtidas no facebook, dos dias 02 de Maio até o dia 01 de Junho.

Para participar da Ação “Maria modelo de Mãe” no Facebook, no período de 02/05/2012 a 01/06/2012, todos os clientes, deverão curtir a página oficial (www.faceboook.com/cnbbedicoes) e responder no mural desta mesma página a pergunta “Por que Maria é grande modelo de mãe para a humanidade”?

As 2(duas) respostas que receberem mais curtições na categoria “Clero” ganharão em 1º  lugar uma casula Mariana do Ateliê Arte Sacro e em 2º lugar uma imagem de Maria Mãe de Deus de 1 metro da Artesanato Costa feita a mão.

As 2(duas) respostas que receberem mais curtições na categoria “Fiel” ganharão uma belíssima imagem de Maria Mãe de Deus de 60cm para o 1º lugar e 30cm para o 2º lugar com exclusividade da Artesanato Costa.

Os ganhadores serão avisados pelo mural do Facebook no dia 02/06 às 9h e deverão entrar em contato pelo e-mail marketing@edicoescnbb.com.br para enviar seus dados pessoais e receberem em sua casa o prêmio. Sendo limitado um prêmio por CPF/CNPJ e disponibilizado 4(quatro) prêmios para essa plataforma.

O regulamento está disponível na Fanpage das Edições WWW.facebook.com/cnbbedicoes .

MCS - GO SDS - 04/2012

19 de abr. de 2012

O pedido de Deus é claro: devemos defender a vida!


Por Exequiel Alvarez, Geraçao PHN – Corrientes, Argentina

A decisão do Supremo Tribunal Federal do Brasil (STF), que descriminalizou o aborto de feto com anencefalia, continua gerando controvérsias e discordâncias. A Igreja Católica, una e santa por graça divina, não cessará de proclamar, nos quatro pontos da Terra, que será sempre “a favor da vida”.

O blog ‘Canção Nova pelo mundo’ fez uma entrevista com o padre argentino da diocese de Corrientes, Martín Daniel González, falando sobre essa decisão do STF no Brasil. O sascerdote responde as perguntas sem nenhuma técnica, mas com grande reflexão e discernimento.

“Verdadeiramente, a notícia da lei sancionada, no Brasil, não deixa de me surpreender, pois espero nunca perder a capacidade da surpresa diante do mau. Como em outras ocasiões de aprovações de leis desse tipo, o que mais me surpreende são os argumentos empregados para proclamá-la. ‘Berços, não ataúdes’ proclamavam os defensores dessa lei, pedindo o direito de matar, de tirar uma vida. Soa-nos uma contradição, não é? Segue-se proclamando e defendendo a capa e a espada, o direito da mulher de decidir sobre seu próprio corpo; mas nos esquecemos de que, desde a concepção, há uma pessoa, há um corpo, diferente do corpo da mãe”.

O sacerdote continua fundamentando sua opinião sobre o impacto dessa notícia: “Depois de ver alguns dados, não posso deixar de pensar que, por trás de leis como essas se esconde (não tão escondido) o multimilionário negócio do aborto ‘legal’. No mundo morrem (segundo algumas estatísticas) 0,0021 % das mulheres que recorrem ao aborto, algumas delas em países nos quais esta prática já está despenalizada há algum tempo.

Num país como o Brasil, uma em cada mil crianças padecem de anencefalia. Depois de nascerem vivas, elas permanecem assim por horas, dias ou, como Marcela de Jesus, um ano e oito meses”.

Devemos dizer que, na Argentina, já existe uma lei similar à promulgada dias anteriores no Brasil. O sacerdote, refletindo sobre essa questão, diz que essas leis apenas alertam, mais uma vez, para o horizonte do nosso povo, pois “um país que mata seus próprios filhos não tem futuro” (João Paulo II).

“Deus continua dirigindo Seu Povo para Sua vontade, que é, antes de mais nada, a felicidade da humanidade. Sua voz é clara”, diz padre Martín, que nos exorta a nos pronunciarmos sempre a favor da vida, tendo como primeira atitude a oração incessante.

Em seu país, o consagrado a Deus dirige umas palavras a todos os cristãos: “O pedido do Senhor é claro, devemos defender a vida! Em todas suas etapas e em todas suas formas, a despenalização do aborto exige dos cristãos muita valentia. Se ‘agora é legal e não há lei que a impeça’, você vai fazer o aborto? A resposta é bem mais valiosa”.

Sigamos, dia a dia, dizendo sim à vida, à nossa e àquela que foi posta em nossas mãos. É decisão, de cada batizado, elevar sua voz junto à Igreja e dizer “não” ao aborto, mas “sim” à vida.

O problema, entretanto, não termina com a morte da criança, pois, depois do ato do aborto, é preciso dar atenção às mães, porque elas não são capazes de superar a decisão que tomaram (ou que foram obrigadas a tomar).

MCS - GO SDS - 04/2012

18 de abr. de 2012

Médicos católicos apóiam bispo espanhol na polêmica sobre a homossexualidade


Comunicado da Federação Internacional de Associações de Médicos Católicos


ROMA, quarta-feira, 18 de abril de 2012 (ZENIT.org) - A Federação Internacional de Associações de Médicos Católicos (FIAMC), com sede na Cidade do Vaticano, publicou um comunicado sobre as palavras de dom Juan Antonio Reig Pla, bispo de Alcalá de Henares, na Espanha, que se manifestou contrário à homossexualidade em homilia transmitida na sexta-feira santa pelo canal TVE (Televisión Española).
O comunicado é assinado pelo presidente da FIAMC, doutor José María Simón Castellví, e diz que a federação deseja “comunicar à opinião pública de boa vontade” os seus seguintes pontos de vista:
1. Que os médicos católicos respeitam profundamente as pessoas com orientação homossexual, assim como todas as pessoas de qualquer outra condição.
2. Que os médicos católicos não aprovam a prática da homossexualidade por não achá-la em conformidade com a sã antropologia nem com a santa bíblia. A homossexualidade, segundo eles, não é pro natura.
3. Que a posição científica dos médicos católicos se encontra no documento Homossexualidade e esperança, da Associação Médica Católica Norte-Americana, adotado pela FIAMC como um dos seus textos oficiais. O texto, em várias línguas, encontra-se no site www.fiamc.org.
4. Que os médicos católicos, assim como dom Reig, lamentam o conteúdo de alguns livros de texto, especialmente os da matéria escolar espanhola Cidadania, e os "ensinamentos" que incentivam crianças a “explorar” todas as possibilidades sexuais. “Temos toda a razão para considerar perversos estes ensinamentos”, dizem os médicos no comunicado. “E dom Reig tem toda a razão ao condenar estes e outros abusos contra o ser humano”.
5. Que os médicos católicos lamentam profundamente o fracasso dos estados modernos e das instituições públicas supranacionais no combate ao turismo sexual, com maiores ou menores de idade, em países que eles chamam de “exóticos”.

MCS - GO SDS - 04/2012

15 de abr. de 2012

A beleza do Cristianismo

Imagem de Destaque 
Ele não é apenas belo em si, também é produtor de beleza

O filósofo espanhol Julián Marías, ao comentar sobre as perseguições antigas e presentes ao Cristianismo, afirmou que não se compreende a hostilidade contra algo que é admirável. Assim, o ódio anticristão seria intrinsecamente irracional. Efetivamente, o que há de mais belo neste mundo do que o Cristianismo? Uma Virgem concebe e dá à luz um Menino. Este Menino é o próprio Deus feito homem, andando no mundo e vivendo a vida dos homens, com suas dores e alegrias; o Verbo Criador, sem nada perder de Sua divindade, assume a natureza humana de Sua criatura. «Verdadeiro homem, concebido do Espírito Santo e nascido da Virgem Maria, viveu em tudo a condição humana, menos o pecado, anunciou aos pobres a salvação, aos oprimidos, a liberdade, aos tristes, a alegria» (Oração Eucarística n. 4).

Filho eterno de Deus Pai, consubstancial com o Pai e o Espírito Santo na mesma e única Essência divina, doou-se totalmente para a salvação da humanidade e reparar o pecado do homem. «Porque Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu seu Filho Unigênito, para que todo o que crê n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo 3,16). Este Deus feito homem deixou-se crucificar pelos homens e ao terceiro dia ressuscitou dos mortos, vencendo a morte e nos dando a vida. Após a Ressurreição, apareceu aos discípulos e subiu aos céus, «não para afastar-se de nossa humildade, mas para dar-nos a certeza de que nos conduzirá à glória da imortalidade» (prefácio da Ascensão).

Pois então, existe história mais bonita que esta? Uma história sublime e ao mesmo tempo tão simples, que não encontra emulação em página alguma da literatura humana. Podem convocar todos os críticos literários do mundo, nenhum deles, honestamente, poderá apontar narrativa mais bela que o Evangelho. Nada do que a criatividade humana soube escrever pode ousar comparar-se. Esta é uma das provas da autoria divina dos Evangelhos: aquilo não pode ser obra humana, pois nada do que o homem produziu se lhe compara. Só o mesmo Deus poderia compor história tão bela, capaz de comover os homens de todos os tempos e de todos os lugares. Ademais, as narrativas que o homem criou foram inventadas pela imaginação e produzidas com papel e tinta, enquanto Deus fala nos fatos: antes de ser escrita nos livros, a narrativa evangélica foi representada diante dos homens por personagens de carne e osso, mediante fatos reais.

E se o Evangelho, centro da Sagrada Escritura, resplandece por sua sublime beleza, nem por isso o restante da Sacra Página encontra-se privado de encanto e ornamento. Vejam só a história de Abraão e de Sara, de Isaac e de Rebeca, e de Jacó que «sete anos de pastor serviu Labão, pai de Raquel, serrana bela» (Camões). A história de José, vendido por seus irmãos e depois salvando os mesmos irmãos que o tinham entregue, numa figura do Messias que viria. A singela história de fé de Tobias e a luta heroica dos macabeus. E, no Novo Testamento, a conversão de São Paulo no caminho de Damasco: o perseguidor que se torna o apóstolo dos gentios, pregando o Verbo entre os surdos e os descrentes. Entre tantos outros episódios que poderiam ser citados.

Porém, de fato, o que pode haver de mais belo do que Deus assumindo a nossa própria natureza? «O Verbo se fez carne, e habitou entre nós» (Jo 1,14). Este é o mistério da Encarnação do Verbo Divino; é, em certo sentido, a diferença específica do Cristianismo. Em nenhuma outra religião o Deus único e Criador de todas as coisas assumiu a natureza humana, tornando-se «em tudo à nossa semelhança, exceto no pecado» (cf. Hb 4,15), tomando para si um corpo e uma alma de homem. Ainda não contente, quis esse Deus ser mesmo nosso alimento na Eucaristia, em que Ele está substancialmente presente em Sua divindade e humanidade.

O Cristianismo não é apenas belo em si, como também é produtor de beleza. Por séculos, a verdade cristã inspirou os maiores artistas e promoveu a produção de inúmeras obras artísticas que enriqueceram a civilização não apenas nas letras, como em cada uma das belas artes. Diante dos magníficos tesouros artísticos produzidos e inspirados pelo Cristianismo, o que uma doutrina como o ateísmo teria a oferecer de semelhante? Será que a negação de Deus pode ser suficiente para inspirar um artista a produzir coisas belas?

Rodrigo R. Pedroso
Advogado graduado pela FD/USP, mestrando em Filosofia política pela FFLCH/USP e procurador da USP.

MCS - GO SDS - 04/2012

10 de abr. de 2012

9 de abr. de 2012

CNBB convoca para Vigília de Oração

prolifefetus

Na próxima quarta-feira, dia 11/04, o Supremo Tribunal Federal (STF) realiza o julgamento sobre a descriminalização do aborto de anencéfalos – casos em que o feto tem má formação no cérebro. A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou nesta Sexta-feira Santa, 6 de abril, uma carta a todos os bispos do país, convocando para uma Vigília de Oração pela Vida para ser realizada na terça-feira, às vésperas do julgamento. Também na terça haverá, às 18h, um tuitaço com a tag #afavordavida. 
Em agosto de 2008, por ocasião do primeiro julgamento do caso, a CNBB publicou uma nota que explicita a sua posição. “A vida deve ser acolhida como dom e compromisso, mesmo que seu percurso natural seja, presumivelmente, breve. (...)Todos têm direito à vida. Nenhuma legislação jamais poderá tornar lícito um ato que é intrinsecamente ilícito. Portanto, diante da ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não se pode aceitar exceções. Os fetos anencefálicos não são descartáveis.  O aborto de feto com anencefalia é uma pena de morte decretada contra um ser humano frágil e indefeso. A Igreja, seguindo a lei natural e fiel aos ensinamentos de Jesus Cristo, que veio “para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10), insistentemente, pede, que a vida seja respeitada e que se promovam políticas públicas voltadas para a eficaz prevenção dos males relativos à anencefalia e se dê o devido apoio às famílias que convivem com esta realidade”.
MCS - GO SDS - 04/2012

8 de abr. de 2012

Páscoa da Ressurreição do Senhor!


Fonte: Voz da Igreja
 
Hoje celebramos o dia glorioso em que Nosso Senhor Jesus Cristo ressuscitou dentre os mortos para nos oferecer a vida eterna! Sim! Aleluia! Mas... O que significa dizer isso, mesmo?

Com certeza muitos estão satisfeitos hoje com seus ovos e coelhos de chocolate, coelhinhos de pelúcia e outros bichos. Satisfeitos em presentear amigos, namorada(o)s, familiares... Mas... estarão tão satisfeitos por desfrutar dessas alegrias passageiras quanto aqueles que conhecem o verdadeiro sentido deste dia? E você, comeu hoje ovos de chocolate ou se alimentou da Palavra de Deus? Entristeceu-se por causa de algum problema temporal ou enfermidade, ou se alegrou com Aquele que ressuscitou e está Vivo?

Dizia o filósofo ateu Friedrich Nietzsche: “Não é verdade que Cristo ressuscitou, porque, se fosse, os cristão teriam outra face”. - Faz pensar, não é? Será que a nossa face é a face de um cristão ressuscitado? É a face extremamente feliz e realizada de uma pessoa que "vive, se move e existe em Deus", como falou o Apóstolo Paulo (Atos 17, 28)? A experiência da Ressurreição não deveria ser a transfiguração da nossa face, - e não só da nossa face, mas também (e principalmente) do modo como vemos as coisas? Do modo como vivemos? Como nos realacionamos com os outros? Uma experiência que nos transforma em "outros Cristos" no mundo? Não deveria nos tornar, a cada um de nós, verdadeiras "imitações do Senhor", que se aperfeiçoam um pouco mais a cada dia, a cada nova participação no Corpo e Sangue do Senhor Ressuscitado?

Se Jesus ressuscitou, se é verdade que nós somos o seu Corpo Místico neste mundo, do qual Ele é a Cabeça, então nós não deveríamos ver e viver a vida de um modo diferente? Sim, porque se a Cabeça já está na Luz, nós então devemos caminhar na certeza, porque estamos seguros da vitória e do triunfo da vida sobre a morte. Devemos, pois, ressuscitar todos os dias, buscar uma nova alegria de viver a cada momento, mesmo nas dores e angústias deste mundo.

"Isso é mais fácil de falar do que de fazer", podem pensar alguns. Mas não foi exatamente por isso que o Senhor chamou cada uma de nós a tomarmos a nossa própria cruz e segui-Lo? Qual é a sua cruz? Você sabe muito bem, não sabe? Pois bem: tome-a, com alegria, e siga o Caminho que é o próprio Cristo. Nossa Mãe Santíssima e todos os santos e santas que já viveram e vivem, seja neste mundo ou agora no Céu, caminham ao nosso lado. À nossa frente, Jesus! A vitória sobre o mundo, sobre o pecado e sobre a morte, é certa! Jesus ressuscitou, e nós com Ele! Aleluia! Feliz Páscoa da Ressurreição do Senhor!
 
MCS - GO SDS - 04/2012

7 de abr. de 2012

Amor e ... responsabilidade?

Por Edward P. Sri

Fala-se rotineiramente que metade dos casamentos termina em divórcio. Mas o que muitas vezes não é discutido é a outra metade da equação: os casamentos que não acabam. Esses casamentos estão indo muito bem? Será que os cônjuges que permanecem juntos realmente se sentem próximos um do outro? Será que eles alcançam uma intimidade verdadeira, pessoal e duradoura?

A situação nesse outro lado não é muito bonita. Estudos tem mostrado que a maioria dos casais não se sentem unidos a um amigo(a) verdadeiro(a). Na verdade, apenas 1 de cada 10 casais nos Estados Unidos dizem experimentar intimidade emocional no relacionamento.

Um bom casamento não é aquele onde as pessoas simplesmente permanecem juntas. Um bom casamento é aquele em que os esposos experimentam uma profunda comunhão pessoal um com o outro. Queremos casamentos em que pessoas com 10, 20 ou 30 anos de casado possam dizer: “Eu amo meu(minha) esposo(a) agora mais do que quando me casei”.
Para João Paulo II – então Karol Wojtyla – o segredo para a comunhão pessoal na vida conjugal é o amor-doação-de-si, e um senso que acompanha esse amor, um senso de responsabilidade pelo dom que é a outra pessoa. Na verdade esse tema da responsabilidade é tão importante que ele o colocou no título do seu livro sobre amor, casamento e relacionamento entre homem e mulher. O livro não se chama simplesmente “Amor”, mas “Amor e Responsabilidade”.

O que é essa responsabilidade? E como ela pode transformar os relacionamentos entre esposos, noivos, e pessoas significativas? É isso que vamos explorar nesta reflexão.

Responsabilidade

Pense no que acontece em um amor onde há compromisso. O sentido mais pleno do amor envolve duas pessoas que se doam uma à outra. E essa auto-doação nada mais é do que uma entrega total da vida da pessoa para outrem – um render as próprias preferências, liberdade, e vontade em prol do outro.

Isso significa que, no verdadeiro amor comprometido, meu(minha) amado(a) entrega completamente sua vida a mim. Essa pessoa renuncia livremente e amorosamente a sua autonomia e devota sua vontade ao bem do nosso casamento e ao bem de nossa família. Portanto, já que a pessoa amada confia sua vida inteiramente a mim dessa maneira única, eu devo, por minha vez, possuir um profundo senso de responsabilidade por ela – pelo seu bem-estar, sua felicidade, sua segurança emocional, sua santidade. Como explica Wojtyla: “Existe no amor uma responsabilidade particular – a responsabilidade por uma pessoa que está ligada pelo compromisso mais íntimo possível com a vida e a atividade de outra pessoa, e se torna, de certo modo, propriedade de quem recebe essa entrega de vida, esse dom de si” (Amor e Responsabilidade).

Aqui, Wojtyla oferece um padrão para o amor que é contra-cultural: “Quanto maior o sentimento de responsabilidade pela pessoa, mais há amor verdadeiro” (Amor e Responsabilidade). Note que ele não disse que haveria mais amor onde fossem mais fortes as emoções. A verdadeira medida para o amor não é o quanto se gosta de estar com a pessoa amada, ou quanto prazer se recebe dela. O amor autêntico não é tão centrado em si mesmo, constantemente olhando para dentro de si, para minhas próprias emoções e desejos. Ao invés, o verdadeiro amor olha para fora, com um fascínio para com meu(minha) amado(a) que entregou sua vida a mim, e tem um profundo senso de responsabilidade pelo seu bem, especialmente à luz do fato de que essa pessoa se entregou a mim dessa maneira.

Aceitando o dom

Para que possamos apreciar melhor o papel crucial que a responsabilidade possui em um relacionamento, vamos considerar os dois aspectos do amor doação-de-si. Por um lado, existe um doar a mim mesmo: a pessoa amada se entrega a mim e eu me entrego a ela. Por outro lado, há a aceitação da outra pessoa: eu aceito a pessoa amada como um dom que me foi confiado, e ela me aceita como um dom. Wojtyla observa como existe, no amor verdadeiro, um grande mistério de reciprocidade no dar e receber de um pelo outro. Na verdade, ele faz uma afirmação muito intrigante sobre isso: “Aceitação também deve ser doação, e doação também deve ser recepção” (Amor e responsabilidade).

Em que sentido aceitação é doação? Em outras palavras, em que sentido a aceitação da pessoa amada é um verdadeiro dom para ela? Os insights de João Paulo II na Teologia do Corpo nos ajudarão a compreender (1). Ao comentar sobre a união de Adão e Eva, ele explica que quando Eva foi apresentada a Adão pela primeira vez, ela foi plenamente aceita por ele, e os dois se tornaram intimamente unidos, como uma só pessoa. “Então o homem disse: ‘Finalmente essa é osso dos meus ossos e carne da minha carne’, portanto o homem deixa seu pai e sua mão e se une a sua mulher, e os dois se tornam uma só carne” (Gen 2, 23-24).

Como o pecado ainda não havia entrado no mundo Adão não lutava contra o egoísmo. Portanto, ele amava sua mulher não pelo que ele poderia lucrar com o relacionamento (uma ajudante para cuidar do jardim, companhia, prazer emocional, prazer sexual etc.). Ao invés, ele a amava pelo que ela era como pessoa. Ele aceitava sua mulher como esse tremendo dom ao qual ele iria cuidar e proteger. Ele tinha um profundo senso de responsabilidade por ela, e ele sempre buscava o que fosse melhor para ela, não para seus próprios interesses. Ele nunca fez nada que pudesse magoá-la.

A chave para a intimidade

Coloque-se no lugar de Eva. Imagine ter um esposo como esse! Imagine como ela deve ter se sentido totalmente aceita desse modo. De fato, foi um grande dom para ela ter um esposo que a recebeu alegremente e que a amou por ela mesma, pois seus anseios por uma comunhão pessoal puderam ser atendidos. A aceitação total de Eva por parte de Adão forneceu a ela a segurança que ela precisava para se sentir capaz de confiar seu coração e toda sua vida completamente a ele, sem medo de ser frustrada. Em outras palavras, o amor e a aceitação verdadeiros que Adão teve para com Eva fez florescer no coração dela a confiança que torna possível a intimidade emocional (2).

Essa é a chave para a comunhão pessoal no matrimônio. Eva nunca sentiu medo de ser usada por Adão, de ser incompreendida por ele, ou de ser magoada por ele, visto que ela tinha total confiança no amor dele. Portanto, nesse contexto do amor e da responsabilidade compromissada, ela se sentia livre para se entregar completamente a seu marido – emocional, espiritual e fisicamente – sem guardar nada para si.

De volta ao paraíso

Esse é o tipo de dinâmica que queremos para nossos casamentos: uma confiança integral, que torna possível a intimidade pessoal. Entretanto, a pessoa amada só vai aumentar sua confiança em mim – e consequentemente desvelar seu coração para mim – à medida que ele sente que estou comprometido com ela, que a aceito totalmente, e que sinto uma grande responsabilidade em procurar o que é melhor para ela.

Isso não é uma coisa fácil de se alcançar. Ao contrário de Adão e Eva no jardim, nossa natureza é decaída. Somos egoístas, e muitas vezes fazemos coisas que magoam a outra pessoa, e quebram a confiança, fazendo regredir a intimidade. Por exemplo, quando um homem está mais preocupado com o que precisa fazer no trabalho do que com as necessidades de sua esposa, ele envia para ela uma mensagem de que ela não é prioridade – de que todo o resto é mais importante. Isso, é claro, não ajuda a construir a confiança, e só a faz sentir mais distante de seu marido. Do mesmo modo, uma esposa que constantemente reclama do seu marido e o critica por suas fraquezas, por não conseguir fazer os trabalhos de casa, ou por não ter um emprego melhor, pode fazê-lo sentir-se desrespeitado ou indesejado. Essas reclamações provavelmente só irão torná-lo mais distante emocionalmente dela.

E quando experimentamos as fraquezas da pessoa amada, e nos sentimos magoados por algo que ela fez? Quando nos magoamos, temos a tentação de alimentar a frustração para com a pessoa amada, dizendo para nós mesmos: “Porque ele sempre faz isso? Ele nunca vai mudar!”. Podemos nos tornar defensivos (“Não foi culpa minha! Porque ela não entende?”). Podemos levantar barreiras (“Não vou mais contar para ele o que realmente estou sentindo... ele não liga mesmo...”). Podemos até começar a duvidar do amor (“ Se eu tivesse casado com outra pessoa, não seria tratado dessa maneira”).

Wojtyla nos lembra que é nesses momentos que nossa aceitação e responsabilidade pela outra pessoa são mais testadas. Por isso, devemos “amar a pessoa completamente, com todas as suas virtudes e faltas, até o ponto em que a amemos independente dessas virtudes e apesar dessas faltas” (Amor e Responsabilidade). Ele não está dizendo que devemos condescender ou ignorar os pecados e as fraquezas da pessoa amada. Mas ele está nos desafiando a evitar enxergar a pessoa amada como se fôssemos um advogado de acusação. Embora feridos, devemos olhar para além dos meros fatos (“Ela fez aquilo comigo!”) e ver a pessoa, que preserva seu grande valor mesmo em meio às fraquezas e pecados. Afinal de contas, como temos visto nessas reflexões, o amor é direcionado à pessoa – não apenas ao que ele(ela) faz por mim. Então, quando a pessoa amada está em um momento não tão bonito assim – não me é prazeroso, e na verdade faz algo que me magoa – ainda haverá amor e aceitação total para ela?

Esse é o tipo de pergunta que consegue atingir o âmago da questão do amor. Como resume Wojtyla:

“A força de tal amor emerge mais claramente quando a pessoa amada “tropeça”, quando suas fraquezas ou mesmo pecados ficam à mostra. Quem ama de verdade não retira seu amor, mas ama ainda mais, ama com plena consciência das limitações e pecados da outra pessoa, e sem aprová-los na mais mínima condição que seja. Pois a pessoa em si nunca perde seu valor essencial. A emoção que se vincula ao valor intrínseco da pessoa permanece fiel ao ser humano” (Amor e Responsabilidade).

Isso, claro, é análogo ao modo como o Senhor nos ama. Apesar de nossos pecados e falhas, Deus permanece fiel a nós, olhando-nos pacientemente e misericordiosamente, em face de nossas faltas. Ele continua conosco mesmo quando fazemos coisas que ferem nosso relacionamento com Ele.

Portanto, se queremos seguir a imagem de Cristo em nossos casamentos, devemos primeiramente e de modo mais intenso desenvolver uma atitude profunda de amor e de aceitação pelos nossos cônjuges do modo como eles são, com todas as suas imperfeições. Ao invés de tentar mudá-los ou de se irritar com suas faltas, devemos permanecer firmemente comprometidos com eles como pessoas que nos foram confiadas com dom. Nossa atitude fundamental para com a pessoa amada, em meio a suas fraquezas, não deve ser de agitação, defesa, ou irritação, mas sim de aceitação incondicional em nosso coração pelo(a) esposo(a) que ele(a) é, suportando pacientemente suas faltas. Quando fazemos isso, começamos a amar como Deus ama.

Notas:
(1) Ver as catequeses da Teologia do Corpo presentes no livro “Homem e mulher o criou – Ed. EDUSC”.
(2) Nesta curta reflexão focalizei a aceitação que Adão teve para com Eva, porém o mesmo pode ser dito na outra direção. A aceitação total de Adão como dom, por parte de Eva, serve igualmente como dom para ele, fortalecendo mais ainda a confiança e a intimidade no relacionamento.
 
MCS - GO SDS - 04/2012

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