Aquele que deseja pregar com excelência deve saber que um bom pregador não é o que cala os seus ouvintes e sim o que os desperta e inquieta. Nossa pregação não pode intimidar, nem sempre o silêncio da assembléia significa atenção qualificada e compreensão da mensagem. A pregação excelente é aquela que faz as pessoas pensarem e suscita nelas o desejo de se expressar.
Ao ouvir Jesus, as pessoas eram tomadas de tanto entusiasmo e confiança que se sentiam livres e capazes de se manifestar publicamente sobre sua admiração ao Mestre. Até mesmo as mulheres, que deviam se calar nas assembléias devido às severas leis que as subjugavam, contrariando os princípios e quebrando protocolos, libertavam-se para anunciar as maravilhas que se realizavam em suas vidas ao ouvir o surpreendente pregador.
Uma delas disse encantada: “Bendito o Ventre que te gerou e os seios que te amamentaram”. A novidade que ele trazia em si, além da Boa Nova do Reino, era tão diferente de tudo, que tinham dificuldade para defini-lo, por isso davam-lhe o reconhecimento de profeta. O espírito de profecia havia sido extinto com a morte do profeta Malaquias e eles acreditavam que este seria um sinal messiânico do enviado de Deus para libertar o seu povo.
Além disso, o comparavam com os que consideravam ser os mais extraordinários dos profetas: Elias, Jeremias e João Batista que teria o espírito de Elias. Mas Jesus era bem mais que isso e de fato não estava ao seu alcance defini-lo, a não ser pelo Espírito como o fez Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo.” A Boa Nova teve esse efeito na vida daqueles que ouviam o Mestre Jesus de Nazaré.
Sua mensagem era tão surpreendente que por mais que as profecias lhes tivessem apontado sinais do messias, a sensação de ouvi-lo e de compreendê-lo lhes fazia ver esperanças que ultrapassavam em muito suas expectativas proféticas. Jesus foi um pregador surpreendente, competente e, acima de tudo, agradável como pessoa.
MCS - GO SDS - 08/2011
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