No Evangelho de Mateus, 14,22-33, sobressai a figura de Pedro, modelo da comunidade que, nas grandes crises, duvida da presença de Jesus no seu meio e, por isso, pede um sinal. E, mesmo vendo sinais, continua com medo das ambiguidades da situação e, então, a sua fé fica paralisada. Assim, ele faz o seu pedido de socorro. Jesus atende ao pedido da comunidade, mas deixa bem claro que ela precisa crescer na fé e não temer os passos dados dentro das águas agitadas do mundo.
O Missal Dominical, em sua página 769, fala que: “Deus vem ao encontro do homem especialmente nos momentos de necessidade... O Deus dos profetas e de Jesus é aquele que toma a defesa dos pobres e dos fracos. Ele não está nos fenômenos naturais grandiosos e violentos, mas no sopro leve da brisa, como que significando a espiritualidade e intimidade das manifestações de Deus ao homem. A comunidade cristã vive uma existência atormentada pela hostilidade das forças adversas, que se manifestam nas perseguições e dificuldades internas e externas. Unicamente com suas forças, ela não chegaria ao fim de seu caminho. Mas Jesus ressuscitado está presente no meio dos seus; embora invisível. Ele os assiste.”
Resta-nos ter mais fé. Somos tão apegados a este mundo concreto, visualizado, palpável, que nos esquecemos de que há um Deus que não vemos com nossos olhos mortais, mas que podemos enxergar com os olhos do coração. Se tivermos um pouco de sensibilidade, poderemos sentir a Sua presença nos diversos momentos de nossa vida.
Muitas vezes afirmamos: “Ele está no meio de nós!”. Vivamos na prática o que expressamos com a nossa boca, testemunhando a nossa fé, na provação dela, na nossa confiança em Jesus. Cantemos sempre: “Eu confio em Nosso Senhor, com fé, esperança e amor”. Ao celebrar a soberania de Jesus sobre todas as forças do mal e da morte, como membros de seu corpo, também nós somos chamados a superar as dificuldades do tempo presente, com a soberania de Cristo, sabendo que Ele nos incluiu na sua vitória sobre a morte.
Está em nossas mãos, isto é, em nosso poder de decisão, que o próprio Deus nos deu, a resolução de estendermos a mão para receber a de Deus, que está sempre estendida para nós.
MCS - GO SDS - 08/2011
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